Sarar…
Um amor que acaba… um desgosto amoroso que começa.
Inicia-se uma guerra contra nós próprios, que temos de
ganhar. Combater a angústia e a tristeza requer criar uma versão de nós que na
realidade não passa disso mesmo… uma versão. O Eu que se prepara para a guerra contra
si mesmo e há que fazer o que for necessário para sair vencedor!
O problema é que também essa versão que criámos, tem de ser
deixada para trás, e isso, é também algo muito difícil de se fazer.
O processo de cura é complexo, e provavelmente vamos ser
injustos, fazer e dizer coisas imerecidas, indevidas, até porque nos agarramos às
pequenas coisas, menos positivas e empolamo-las com o intuito de criar a nossa
versão mais dura, impenetrável… A auto preservação é uma absoluta necessidade.
Com isto, poderão existir danos colaterais… a outra pessoa
pode sentir-se incompreendida e injustiçada, e se não existir compreensão, se
não entenderem que ambos estão feridos, em sofrimento, e que têm de facto de
criar esta versão… bem… nesse caso só vai ficar a mágoa… ou a indiferença…