sexta-feira, 28 de julho de 2023

Sarar...

Sarar…

Um amor que acaba… um desgosto amoroso que começa.

Inicia-se uma guerra contra nós próprios, que temos de ganhar. Combater a angústia e a tristeza requer criar uma versão de nós que na realidade não passa disso mesmo… uma versão. O Eu que se prepara para a guerra contra si mesmo e há que fazer o que for necessário para sair vencedor!

O problema é que também essa versão que criámos, tem de ser deixada para trás, e isso, é também algo muito difícil de se fazer.

O processo de cura é complexo, e provavelmente vamos ser injustos, fazer e dizer coisas imerecidas, indevidas, até porque nos agarramos às pequenas coisas, menos positivas e empolamo-las com o intuito de criar a nossa versão mais dura, impenetrável… A auto preservação é uma absoluta necessidade.

Com isto, poderão existir danos colaterais… a outra pessoa pode sentir-se incompreendida e injustiçada, e se não existir compreensão, se não entenderem que ambos estão feridos, em sofrimento, e que têm de facto de criar esta versão… bem… nesse caso só vai ficar a mágoa… ou a indiferença…

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Pessoa Bonita

Algo me enternece…
Uma voz meiga, amiga,
Preocupada comigo… com todos!
Alguém especial que sabe ser, estar,
Ouvir!
A árdua e penosa faceta…
Descrevê-la? Não!
Admirar? O carácter puro estruturado,
A perícia que rompe a tristeza…
Sim!
Usufruir da presença e pedir…
Pedir mais e mais!
Ouvir, falar, rir, chorar, dar-se…
Sentir! Amizade translúcida e límpida,
Que não corrói! Suaviza uma, e mais uma,
Almas ríspidas, magoadas… Dor? Não!
Tudo passa, nada que fira se sente,
Uma doutrina pessoal,
Que deixa o espírito imaculado, joeirado, limpo!
Descrevê-la? Não!
Nada a apontar…
É uma Pessoa Bonita!

Perdida

Alguém que parte, que vai só,
Segue um caminho destinado…
Destinado…
Será?
Coagido talvez, necessário?
Dúvidas que ficam em nós, amigos!
A importância do ser feliz, de uma existência alegre,
Isso sim! Uma via difícil, o caminho apertado,
Certo? Não sei!
A máscara invisível que dissimula…
Algo!
Dúvidas que ficam em nós, amigos!
O silêncio mortífero de quem se sabe exprimir,
O olhar triste de quem sabe dizer a razão,
A verdadeira razão…
Mas não diz!
A revolta que fica em nós, amigos!
Mas para onde vai? Com quem? Porquê?
O poder que não se vê,
cresce, sobe e abomina tudo…
Todos!
A revolta que fica em nós, amigos!
A estranheza com que notamos,
O que nunca se viu, só mostra dor!
Atenuado por um momento feliz
Que Passa… Esta flor só,
Que vai no seu limitado trilho, continua…
E continua… conseguirá parar?
Não sei! Mas sei…
Está Perdida!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Sentir

Estou só...
Sinto a falta do ser,
Ser que me completa
que está longe...
Temporário mas,
O tempo não passa.
Sinto o vazio de perto,
Vazio que não sentia,
Vazio que custa a preencher
Vazio...
Passei a conhecer a Solidão
Abafada por um contacto,
conhecimento provisório, curto,
insuficiente...
Sofro mas confio,
Acredito mas choro...
Um Amor sofrido, completo,
Mas ... sem fim, sem pausas,
A falta que me fazes...
Mas sinto a Esperança Crescer
Sensações positivas que limpam,
Lágrimas de dor, de Saudade.
Esperança de um futuro...
Tranquilo espero,
E Sinto...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Saudade

Saudade, esse sentimento...
Assomado por um cheiro, um sabor,
Tanto por dizer, tanto por sentir...
Tantas sensações maltratadas
Misturadas numa grande tômbola,
Mistura explosiva de dor, amor...
Tristeza profunda
Transformada num sentimento estranho,
Confuso,
Que nos leva á loucura.
Loucura temporária....
Solidão,
Saudade de alguém,
De algo especial que nos falta,
Quero ficar completo
Mas sinto algo....
Sofreguidão ausente na alma,
não me deixa descansar...
tremo, sonho,
Mas com o quê?
Minto e penso
Saudade? Não.....
Mas sei, sempre soube....
São inevitáveis.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Solidão

Sinto-me só...
Procuro,
Procuro algo que me falta,
Algo que quero ver,
Ter, sentir, cheirar...
Algo em que tocar,
Transformar a vontade num contacto sublime,
Subtil.
Preciso de afastá-lo,
Este sentimento que me ataca,
Me perfura o coração como um raio,
Solidão...
Algo dificil de explicar por palavras,
Mas sinto-o,
De uma forma lenta, dolorosa, cansativa,
Espero...
Tenho esperança
Mas, ... e essa?
Também vai desaparecer...
Convicção inabalável que me conquista,
Solidão...
Dificil resistir, mas lutar?
Não!
Na escuridão penso...
Repenso...
Adormeço mas não sonho
Acabo...
Triste, e só.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Momentos

Algo importante, especial,
Por vezes triste, inconveniente...
Mas que marca,
Segundos passados com alegria,
Tristeza, momentos inquietos
Que mexem comigo,
Jorram emoções inconsoladas,
Sorte, azar, confiança, crer...
Causas que passaram...
Tomam conta de mim,
Vontade...
Vontade de viver, reviver,
Paro...
Penso no passado com esperança,
Esperança de voltar atrás,
Ouvir aquela voz doce...
Suave como o olhar de uma criança,
Ouço as palavras certas,
que marcam...
que tocam...
Tempo que escorre...
Que se esvanece...
Tempo que passa levando memórias irrisórias,
Insignificantes para a alma,
Alegria por as ter vivido,
Felicidade por saber que vou viver,
Esperança que ganho a cada minuto passado,
Viver cada espaço de tempo,
Cada ocasião que me é atribuída,
Cada vez mais intensamente,
Vou viver cada vez mais....
O Momento.